No último domingo, acordei cheia de vontade de criar e degustar uma deliciosa pasta fresca. Sob o calor do sol da manhã, minha música favorita preenchia o ar, enquanto folheava um presente especial: um livro sobre pastas, presente de um chef de um restaurante londrino, onde há muito tempo trabalhei lavando pratos. Folheando o livro, encontrei um capítulo que desvendava a arte de colorir a pasta com ingredientes naturais. Escolhi usar a beterraba, que após ser processada e espremida, se transformou em uma tintura intensamente viva.
Assim, iniciei com entusiasmo a preparação da massa. Com a antiga máquina de cilindro que pertenceu à minha bisavó, abri e cortei a massa. Enquanto ela secava, as memórias das minhas experiências na Toscana vieram à tona, inspirando-me a preparar uma abóbora zuccini simples ao forno, temperada com sal, alho, pimenta defumada e azeite de oliva. Um toque de pão torrado esmiuçado e queijo defumado ralado completou o prato, trazendo a Toscana para o meu quintal.
No meio da preparação, montei uma mesa no jardim. Uma toalha xadrez, pratos de garimpo escolhidos com carinho e um vaso de cerâmica por mim confeccionado ganharam vida com as flores frescas recém colhidas do jardim. Colhi alguns limões e folhas de hortelã-pimenta e preparei uma limonada. O aroma de ervas frescas e o suave movimento das borboletas, preenchia o ar, transformando o momento em uma experiência verdadeiramente mágica.
No entanto, toda essa preparação, repleta de significado, ainda não era o ápice. Afinal, o que é um domingo de sabores sem a oportunidade de saborear a pasta? Assim, compartilhando uma refeição ao ar livre com o meu amor, absorvendo o ambiente e aproveitando a companhia um do outro, capturamos verdadeiramente o sabor autêntico da vida.
E por que compartilhei essa história? Para falar sobre a Arte de Saborear a Vida, conhecida como “Savoring”. Os psicólogos Fred Bryant e Joseph Veroff nos convidam a estar atentos a todos os detalhes, apreciando cada momento com todos os sentidos e intensificando a memória.
Despertando a Criatividade
Ao nos envolvermos em uma jornada culinária, criamos uma oportunidade para praticar o Savoring. Desde a seleção dos ingredientes até a preparação dedicada, cada etapa é uma celebração da criatividade e uma chance de apreciar o processo.
Momentos de Contemplação
Os momentos de contemplação tornam-se parte integrante do Savoring. Seja no jardim ou no parque, a Natureza nos convida a despertar nossos sentidos, permitindo-nos mergulhar profundamente no momento presente.
Montando a Mesa
A montagem cuidadosa da mesa ao ar livre está intrinsecamente ligada ao Savoring. Cada detalhe, desde a seleção de cores até os arranjos florais, é uma oportunidade para criar uma experiência visualmente gratificante e de grande significado.
Uma Refeição que Nutre a Alma
Ao saborear os pratos cuidadosamente preparados, somos envolvidos pelo sabor do Savoring. Cada garfada é uma celebração dos sentidos, uma conexão com os sabores, aromas e texturas, encontrando a gratitude na singularidade de cada prato.
Presença e Conexão
A base do Savoring é a presença consciente. Ao compartilharmos uma refeição ao ar livre, estamos verdadeiramente presentes com aqueles que amamos. O sabor é apenas um aspecto, já que o Savoring também se trata de conexões genuínas, compartilhar risos e momentos preciosos que enriquecem nossos relacionamentos.
Saboreie Cada Momento
Num mundo que muitas vezes avança rápido demais, o Savoring nos lembra da importância de apreciar cada instante. Um domingo que une culinária criativa, contemplação e refeição ao ar livre se transforma em uma expressão vívida da arte de saborear a vida. Através dessa consciência, transformamos um dia comum em um complilado de experiências sensoriais, gratidão profunda e conexões significativas. Convido você a abraçar o Savoring e a transformar cada vez mais seus dias em celebração pela vida.
Gostou desse conteúdo? Deu vontade de celebrar mais a vida? Me conta, vou amar saber!